Presidente da Assembleia Legislativa cobra celeridade na ampliação de atendimento do consulado Italiano no ES

Presidente da Assembleia Legislativa cobra celeridade na ampliação de atendimento do consulado Italiano no ES

Presidente da Ales se reuniu com deputado italiano, em Roma, para estabelecer uma relação mais próxima com o país europeu, que conta com grande comunidade no Estado.

O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, deputado Marcelo Santos, se reuniu com o deputado italiano Fábio Porta, durante visita ao Parlamento italiano, em Roma, nesta quarta-feira (22).

Na oportunidade, o chefe do Poder Legislativo capixaba cobrou celeridade no processo para que o Consulado italiano, em Vitória, seja elevado à categoria de Agência Consular, com um cônsul enviado pelo governo italiano e com todos os poderes atribuídos à autoridade. Além disso, Marcelo Santos dialogou para que a companhia aérea italiana Ita Airways realize estudo para contemplar o Aeroporto de Vitória em sua expansão na América Latina. São ações para a celebração dos 150 anos, em 2024, da imigração italiana no Espírito Santo – pioneira no Brasil.

“Atualmente, o consulado que temos em Vitória é apenas um escritório com um funcionário do Rio de Janeiro, que trabalha no Espírito Santo simplesmente recolhendo documentos e os enviando à capital fluminense ou para emissão de passaportes, com uma burocracia danada. Com a atuação de um funcionário de carreira, além da emissão do documento, todo o processo de cidadania poderia ser feito em território capixaba”, declarou Marcelo Santos que ficou animado com a resposta de Porta.

“O Espírito Santo, assim como Santa Catarina, está com a mesma solicitação de promoção das unidades consulares, mas os capixabas já estão um passo à frente, como sportello consolare e, agora, iremos cobrar do governo italiano que acelere esse processo que vai beneficiar uma das maiores comunidades de ítalo-descendentes do Brasil e que, segundo nos conta a história, por onde chegaram os primeiros italianos.”

De acordo com a Lei Federal 13.617, de 11 de janeiro de 2017, há o reconhecimento de que o município de Santa Teresa, na região serrana, é o pioneiro da imigração italiana no Brasil. Em 17 de fevereiro de 1874, chegava ao porto de Vitoria o navio La Sofia, conduzindo 388 imigrantes italianos provenientes, em sua maior parte, da província de Trento. Documentos do Arquivo Público Estadual embasaram essa legislação nacional em vigor.

Além disso, o presidente da Assembleia Legislativa destacou a importância da comunidade italiana no Espírito Santo, que tem uma grande quantidade de descendentes do Vêneto, região industrializada e que tem alta demanda de mão de obra qualificada, especialmente na área médica.

Porta citou projeto para construir uma relação estruturada e contínua entre os dois territórios do Brasil e da Itália. “Vamos avançar nas tratativas e criar uma mesa técnica, com representantes do governo do Estado, de secretarias envolvidas nesse diálogo, a Assembleia e suas comissões temáticas e especialistas para que possamos estreitar as relações comerciais e culturais com a região”, explicou Marcelo.

O projeto é capitaneado pela Agência Collabore, uma associação civil brasileira que atua no Brasil e na Itália, com o objetivo de facilitar e estreitar as relações entre os dois países e, em especial, entre o Espírito Santo e a região do Vêneto.

TURISMO
Durante o encontro, Marcelo Santos solicitou ao parlamentar europeu que a companhia aérea Ita Airways, pertencente ao governo italiano, realize estudo para oferecer rota entre Roma, capital italiana, e Vitória, além de propor grande projeto para trazer o turismo das raízes ítalo-descendentes, aproveitando que robusta parte da população do Espírito Santo possui ascendência italiana.

“2024 vai ser o Ano Internacional das Raízes Italianas no mundo. Vamos aproveitar a oportunidade em que celebraremos os 150 anos de imigração italiana no Brasil, que começou no Espírito Santo, para aprimorarmos ainda mais as relações comerciais, culturais e turísticas, com a possibilidade de desenvolvermos programas turísticos voltados para os períodos de baixa demanda, na baixa temporada”, comentou o presidente da Ales.