Rota Cultural: Monumentos Públicos e História no Coração do Espírito Santo

A resposta se encontra numa pequena expressão, porém com amplo significado: Monumentos Públicos.

Eles são reservatórios de memórias e dialogam com a sociedade numa espécie de livro a céu aberto desvendando os segredos do passado e convidando a todos que por ele transitam à reflexão histórica.

Vitória possui em torno de 135 Monumentos Públicos nas suas mais diversas especificidades, e boa parte deles se encontra no centro da capital.

Para além de sua imponência física, essas obras, feitas de bronze e mármore, perpetuam aqueles que, muitas vezes, deram suas vidas ao longo do tempo para que pudéssemos, hoje, existir enquanto cidade e nação, assim como eternizam espaços de importância histórica.

“Percorrer os Monumentos e conhecer as Histórias que o cercam vai reconstruindo nossa identidade: A cruz Reverente e a lembrança da visita do Papa numa praça de encontros; espaços de comunidades tradicionais como Jesus de Nazareth e suas torres iluminadas; Os canhões do forte São João, lembranças materiais da resistência aos corsários, sempre alertados pela flecha do Araribóia; como resistir ao convite de Maurício de Oliveira para um luau à beira-mar?

Impossível não contemplar a altivez de Dona Domingas a nos desafiar a reflexão, imponente nas escadarias do Palácio Anchieta?” conta o Professor José Cirilo, Coordenador do LEENA (laboratório de pesquisa e extensão em Arte da UFES), autoridade acadêmica no assunto e com amplo trabalho no mapeamento e pesquisa dos Monumentos Públicos do Estado.

Viver a cidade por meio de seus Monumentos é uma rota de turismo urbano que precisamos aprender a valorizar, a diversidade cultural que eles nos revelam.

Apreciar a infraestrutura urbana e seu modo de se apresentar ao longo dos séculos; vivenciando atrações históricas e culturais, assim como conhecendo um pouco da nossa diversidade gastronômica, social e cultural.

O turismo urbano é popular em todo o mundo, fazê-lo através de Monumentos é olhar frente a frente a História vivida e contada por eles. Cabe ao poder público o desafio de zelar pela preservação desse Estatutário Público, na medida em que, como transmissor de informações entre os tempos, se constitui numa ferramenta capital de consolidação da identidade de um povo.