Estudantes de Vitória experimentam situações enfrentadas por pessoas com deficiência
Empatia, respeito, inclusão. Aulas de Arte, Ciências, Educação Física, Geografia, Língua Portuguesa e Matemática com propostas de atividades para que os estudantes pudessem enfrentar situações semelhantes ao que passam os estudantes com deficiência no dia a dia.
A articulação entre as disciplinas possibilitou a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Orlandina D’Almeida Lucas, em São Cristóvão, desenvolver diversas atividades para a conscientização sobre as diferenças, trabalhando de forma efetiva as necessidades dos estudantes que são atendidos pela Educação Especial.
Na aula de Educação Física, a professora Priscila Bitencourt trabalhou com o futebol adaptado. O professor de Geografia e de Projeto de Vida Elizio Machado propôs uma atividade com o uso de vendas no rosto, dificultando a visão.
Nas aulas de Matemática, as professoras Eneida Miranda e Ana Maria Canuto trabalharam com a deficiência intelectual. Para isso, apresentaram um exercício de alta complexidade e aproveitaram para falar da dificuldade que os estudantes com essa deficiência têm para compreender os conteúdos desenvolvidos na escola.
Em Língua Portuguesa, a professora Evelize Lucas usou um texto desfocado para apresentar as dificuldades dos estudantes com baixa visão. Já as professoras Thalita do Amaral, de Ciências, e Simone Lourenço, de Artes, trabalharam de forma interdisciplinar o corpo humano através de conceitos científicos e a criação de cartazes táteis para auxiliar a compreensão dos estudantes cegos e com baixa visão.
Além dos conteúdos das aulas, os estudantes aprenderam lições que levarão para toda a vida. “A aula foi muito legal e educativa, além de que é muito importante nos colocar no lugar de quem enfrenta dificuldades por ter alguma deficiência física”, ressaltou a estudante Mariana Nazareth Grifo.
Para o estudante Samuel Lopes, participar das atividades o levou a entender que mudanças precisam ser feitas, possibilitando uma melhor qualidade de vida às pessoas com deficiência. “Deviam fazer mais calçadas para os cegos para que eles tenham mais acessibilidade nas ruas e nas lojas e preferência no ônibus”, sugeriu.