“Precisamos muito da voz feminina no parlamento”, afirma Senadora Rose de Freitas em webinário sobre mulheres na política
Primeira mulher eleita senadora na história do Espírito Santo e também a ocupar por duas vezes a presidência da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso (2015-16 e 2021-22), a senadora Rose de Freitas (MDB-ES) conclamou maior participação das mulheres na política: “Precisamos muito da voz feminina no parlamento”.
Ela foi uma das convidadas do webnário “Mulheres na Política – Cenário Brasil” organizado nesta terça-feira, 29, pela Defensoria Pública da União (DPU). O evento foi transmitido ao vivo pelo canal oficial da DPU no YouTube. Rose lembrou da luta das mulheres ao longo da história e usou sua própria vivência como exemplo dos gargalos enfrentados por elas no dia a dia.
“A luta das mulheres na política também é diuturna, é incansável. Gostaria de convidar a todas as mulheres para o parlamento porque precisamos muito da voz feminina, precisamos muito da atuação delas para evitar que muitos absurdos sejam cometidos na lei ou ao revés dela”, afirmou a senadora ao reforçar a importância da participação feminina nas decisões políticas.
Representatividade – Rose foi a principal articuladora no Senado para constituir a liderança da bancada feminina, algo que nunca existiu na história do parlamento brasileiro. A senadora foi relatora do PRS 6/2021, aprovado em março do ano passado no Senado, para criar a indicação de líder e vice-líderes da bancada feminina na Casa.
“Depois que a gente conseguiu consolidar organicamente o espaço da bancada, nós passamos a ter exemplos de como a gente pode avançar na lei e isso ecoar na sociedade. Vou citar o exemplo da questão humana sobre a distribuição gratuita de absorventes a mulheres vulneráveis: precisamos sempre de legislação específica para superar as nossas dificuldades”, observou.
CMO – Duas vezes presidente da comissão considerada a mais importante do Congresso, Rose encerrou nesta terça seu segundo mandato na CMO, composta por 31 deputados federais e 11 senadores. Em sete meses, ela presidiu 17 audiências e comandou a votação de 80 matérias – média de 12 ao mês –, entre elas, a principal, o Orçamento da União.
“Eu presido a principal comissão da Casa [CMO] que era presidida apenas por homens, como se economia fosse uma matéria afeita a aptidão dos homens na política quando todos nós vivemos os problemas que a sociedade tem. Estou aqui para deixar uma palavra, sobretudo para a gente se unir onde estivermos e ocuparmos espaços que devem ser ocupados pelas mulheres”, pontuou.