Projeto promove intercâmbio histórico e cultural entre Açores e Viana

Você sabia? O município de Viana foi fundado por imigrantes do arquipélago de Açores, conjunto de ilhas de Portugal, no ano de 1813. Cerca de 210 anos depois da chegada das primeiras 53 famílias açorianas, o município ainda carrega traços da imigração, seja na cultura, religiosidade e até mesmo nas pessoas.

Por essa relação tão próxima com o arquipélago, um projeto de intercâmbio cultural e histórico com parceria entre a Universidade de Açores, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) e a Prefeitura de Viana será desenvolvido no município.

O professor açoriano de Serviço Social na Universidade dos Açores, Eduardo Marques, visitou Viana para conhecer um pouco da história e cultura da colônia de sua terra natal.

“Aproveitei essa oportunidade para conhecer o município para reencontrar uma parte da nossa história em comum. Nesta pequena experiência, pude observar uma semelhança na identidade cultural e espiritual, além da natureza preservada, que tem grande potencial de aproximar nossas comunidades”, pontuou o professor.

O objetivo da visita é estreitar os laços entre as comunidades, resgatar a história da imigração lusitana no município e contribuir com a história dos antepassados açorianos que contribuíram com o desenvolvimento de Viana.

“O resgate da história da colonização do nosso município é fundamental. O dever de um povo é preservar a história e a cultura dos antepassados. Esse intercâmbio tem potencial de contribuir para o desenvolvimento cultural de Viana e para a manutenção da história açoriana”, apontou o prefeito Wanderson Bueno.

História do Município

Viana carrega o nome do pioneiro Paulo Fernandes Viana, que, no ano de 1813, trouxe de Açores 53 famílias que contribuíram para o povoamento do município.

Os primeiros que aqui chegaram, receberam terrenos, casas, ferramentas, carros de bois ou cavalgaduras. Eles se instalaram nas proximidades do Rio Jucu e seus afluentes, Formate e Santo Agostinho, e iniciaram o cultivo de plantas.

A contribuição cultural deixada pelos açorianos pode ser sentida atualmente na cidade, seja nos casarios antigos, que resistem ao tempo; na identidade cultural e religiosa, com a tradicional Festa do Divino Espírito Santo; e na população que constrói a cidade todos os dias.