Vitória é a capital com maior número de médicos por habitantes no Brasil
Na mesma pesquisa, o CFM mostra que o número de médicos no Brasil aumentou mais que a própria população em 30 anos
Vitória é a capital brasileira com mais médicos por habitantes. Em média, são 18,7 médicos para cada grupo de mil habitantes. O número supera de longe a segunda colocada, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com 11, 8 profissionais. Os dados são do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Na mesma pesquisa, o CFM mostra que o número de médicos no Brasil aumentou mais que a própria população em 30 anos. Em três décadas, o número de profissionais inflou em 400%, enquanto o índice populacional subiu 42%.
Em 1990, havia 131.278 médicos em atividade no país. Atualmente, o número de profissionais é de 575.930.
No Espírito Santo, as mulheres são maioria quando se fala em carreira na medicina. Há um maior número de profissionais mulheres que atuam na Grande Vitória.
“Na residência de geral, éramos sete residentes, cinco homens e duas mulheres. Dois anos depois fui fazer residência de plástica, já eram dois rapazes e duas moças. Talvez a mulher tenha um carinho maior, um jeitinho de mãe de atender os pacientes, mas acho que todo médico bem formado é capaz de dar isso ao seu paciente”, explicou a médica Patrícia Lyra.
Quantidade não necessariamente significa qualidade
Um dos motivos para que o número de profissionais crescesse exponencialmente durante o período é o próprio aumento na quantidade de escolas de medicina em todo o país.
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Fernando Tonelli, houve um aumento desenfreado das escolas e muitas delas não oferecem estrutura adequada para os alunos, o que pode comprometer sua formação.
“Houve um aumento desenfreado, sem muito controle de abertura de novas escolas. Nós saímos de cento e poucas escolas na década de 1990 para mais de 380 hoje. A gente vê que muitas dessas novas escolas não oferecem hospital para treinamento. Nem para o médico e nem para o enfermeiro, que é fundamental”, disse.
Para Douglas Marchesi, coordenador do curso de medicina da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o Ministério da Educação (Mec) deveria aumentar as exigências para escolas e alunos dos cursos.
“Se as melhores escolas, as que são exemplo, têm uma demanda de exigência bem maior que a do MEC, não só de carga horária, mas de nível de participação dos alunos, de atividades, de penetração em todos os níveis de saúde, talvez aquele mínimo do MEC seja muito mínimo, a gente precisa aumentar um pouco”.
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