Presidida por Senadora Rose de Freitas, última reunião da CMO evita possibilidade de aumento do Fundo Eleitoral

Presidida por Senadora Rose de Freitas, última reunião da CMO evita possibilidade de aumento do Fundo Eleitoral

Presidida pela senadora Rose de Freitas (MDB-ES), a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) aprovou, em sua última reunião, nesta terça-feira (29), projeto de lei que evita a possibilidade de aumento do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, fixado em R$ 4,9 bilhões no orçamento fiscal deste ano.

Composta por 31 deputados federais e 11 senadores, a CMO renova seus membros anualmente. Os mandatos dos seus integrantes são concluídos na última terça-feira dos meses de março.

O projeto de lei do Congresso Nacional 2/2022 (PLN 2/2022), votado nesta terça-feira (29) e que vai ao exame final em sessão do Congresso, estabelece não ser necessário aumentar o Fundo aos níveis fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022, de até R$ 5,7 bilhões.

Com essa medida, o governo afasta o risco de se elevar o Fundo ao teto fixado na LDO, que traça as diretrizes do orçamento fiscal, como chegaram a cogitar parlamentares antes de aprovar, em dezembro, o valor de R$ 4,9 bilhões ao derrubar veto do presidente da República.

Na exposição de motivos do PLN 2/2022, o governo justifica que um eventual aumento das dotações do Fundo Eleitoral obrigaria a cortes de despesas prejudiciais à execução de políticas públicas.

O PLN 2/2022 também regulamentou o pagamento dos precatórios (dívidas do governo reconhecidas pela Justiça em caráter definitivo) parcelados por emenda constitucional aprovada em fins do ano passado e alterou a LDO para permitir a redução de impostos federais e do ICMS nos combustíveis, aprovada recentemente pelo Congresso.

Crédito agrícola -Em sua última sessão, a CMO aprovou igualmente o PLN 1/2022, destinando recursos adicionais da ordem de R$ 2,5 bilhões para pagamento de pessoal e de subsídios ao crédito agrícola.

Deste total, R$ 868,4 milhões serão aplicados nos subsídios aos empréstimos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e de custeio, comercialização e investimentos agrícolas.

Está reforçado ao produtor rural, desta forma, o financiamento destinado à compra de fertilizantes, sementes, equipamentos, à recuperação de pastagens e ao armazenamento, entre várias outras finalidades. Os empréstimos, oferecidos por 12 bancos, têm prazo até o final de junho próximo para serem contratados.

Os restantes R$ 1,7 bilhão serão gastos exclusivamente no pagamento de pessoal. O governo alegou a necessidade de suprir cortes nestas despesas feitos pelo Congresso na votação do orçamento fiscal, em dezembro.